Acredito que o que todos nós assistíamos aos domingos pela manhã tratava-se de pura personalidade. Quem não se lembra do melhor piloto de todos os tempos o nosso eterno Ayrton Senna.
O próprio Ayrton já dizia em 1986 em uma entrevista exibida pelo programa roda viva, que o relacionamento entre pilotos na F1 era extremamente difícil e que às vezes só trocavam algumas palavras momentos antes da corrida começar. Esse tipo de competição exige muita concentração, treino, controle emocional, dedicação, motivação, estimulo entre outros atributos.
Como disse o Professor Nuno Cobra em uma entrevista para uma tv brasileira quando estavam lembrando dos 10 anos sem o Senna ,a formula 1 é um esporte cruel e desumano, onde o dinheiro é quem manda e os pilotos são meros fantoches. Nuno trabalhou pouco mais de 10 anos com o piloto brasileiro e comentou que certa vez o Ayrton estava muito desanimado, triste com a mídia brasileira, pois só mostravam o piloto e não o homem por traz do esporte, a pressão era muito grande para vencer sempre. Segundo o professor o Ayrton detestava a F1 e todo aquele circo de dinheiro e patrocínio. Ele gostava era de correr e competir, dominar aquela maquina veloz.
Perdeu corridas e campeonatos por não saber lidar com certas emoções como: ansiedade, falta de equilíbrio.
Com o passar do tempo foi adquirindo experiência amadurecendo e conseguindo controlar suas emoções, ganhando confiança e superando seus limites. Ayrton não era só competitivo, era dedicado, impetuoso, audacioso, determinado, cooperativo, tenaz, magnânimo, confiante e na minha opinião foi o conjunto de todas essas qualidades que o tornou simplesmente o melhor naquilo que fazia. Assisti ao documentário mais recente com o titulo (Ayrton Senna o filme) , e observei muitas das teorias da psicologia e da personalidade implícitas dentro deste esporte veloz e fascinante. Acredito que a vida do Ayrton é um grande exemplo para psicologia esportiva, um grande aprendizado a ser estudado por aqueles que trabalham com atletas em geral. No caso do sucesso do Ayrton não podemos deixar de levar em conta neste universo da mente a sua crença e fé em Deus.
Grande abraço.
Danilo Amaral
